Este é um assunto já há muito “morto”, infelizmente. Mas eu tenho historia sobre ele pra contar e também minha opinião do que seria esse bicho-papão que tanto assolou a população de pessoas e principalmente de animais. A “febre” do Chupa-cabras se deu por meados de 1997 e perdurou por um tempinho. Bem antes disso, de eu e qualquer outra pessoa saber, ter ouvido ou conhecimento sobre o bicho, eu o vi ma minha vida. Isso mesmo, ele apareceu pra mim, mesmo antes de eu saber o que ele era. Você pode tá pensando que tô com brincadeiras, inventando ou ficando maluco, te digo que não. Mas mesmo assim vou contar toda a minha historia a respeito.
Era final de 1996, nunca havia se falado do tal Chupa-cabras, nem ninguém e nem em nenhuma mídia conhecida. A internet na época ainda era novidade e para poucos também. Então, certo dia, viajando de carro com meu pai apenas, de Arcoverde para Ibimirim, era noite, por volta das 10:30hs e passado então pelo posto da polícia Rodoviária de Cruzeiro do Nordeste (ali onde filmaram Central do Brasil – no município de Sertânia). Passado por lá pegamos a estrada para Paulo Afonso/BA, que é a que leva a Ibimirim e a Floresta, todos estes demais no estado aqui de Pernambuco. Logo quando você pega essa rota, a rodovia apresenta uma longa reta cheia de pequenos aclives, e a caatinga na época estava verde e exuberante. Meu pai, que costuma cochilar no volante a noite estava a dirigir, e eu sabendo desses cochilos fico mais que atento à pista para ver animais que são abundantes e ficam soltos na pista, levando risco a quem tá em um veiculo e também ao animal. Assim sendo, atento eu sempre, para acordar meu pai e pedir para que ele reduza a velocidade quando visto algo suspeito na estrada. Pois com já disse há muito eqüídeos, bovinos, caprinos, cervídeos e outros animais que teimam em pastar ou simplesmente atravessar a estrada. O farol estava alto, mesmo porque esta estrada é bem deserta, principalmente à noite e raros são os carros. E lá íamos nós tranqüilamente pela estrada, painho a dar seus cochilos, sabendo que eu o acordaria se preciso, e eu segurava a direção também mantendo o carro na linha. Ao se aproximar de um desses aclives, na reta que citei vi de longe grandes olhos a brilhar do lado direito da pista (ou seja, do meu lado – do passageiro), o bicho olhava de frente dando pra perceber duas órbitas saltadas pelas laterais de um rosto, e pela altura em que se apresentavam, logo pensei ser um cavalo. Estávamos um pouco distantes, nós íamos a uns 70km/h apenas, e só pensei em acordar meu pai para avisa-lo do perigo quando estivéssemos mais perto, para que assim reduzisse a velocidade e ficasse atento. Mas antes que isso fosse possível o bicho atravessou a pista dando pra ver bem a toda a sua silhueta, iluminada pelo farol, e pasmem para meu maior espanto, não era um cavalo, ou qualquer outro animal que já tenha visto.
Todos que me conhecem sabem que sou mais que apaixonado por bichos, animais, e os conheço desde antes saber falar ou mesmo andar direito, pode perguntar a minha mãe. Conheço milhões de animais, faço Faculdade de Biologia e já criei diversos, além de ter uma vasta experiência em estradas e rodovias por todas as horas, e conheço de longe todos os animais possíveis que costumam rodar por essas bandas, seja de dia, de noite, final de tarde, ou madrugada. Sempre viajei muito e muito conheço e sei distinguir bem cada um deles. Ou seja, mesmo nesta época eu já tinha um vasto conhecimento sobre bichos e sobre suas silhuetas. Neste dia, estava bem disposto, sem um pingo de sono (coisa raríssima você me ver dormir enquanto viajo, sempre fico alerta o tempo todo, seja em qualquer tipo de veículo ou hora, fico SEMPRE acordado e nunca sinto sono, além do que a situação também não permitia esse luxo – painho a cochilar no volante). E minha visão, modéstia parte, é excelente, me julgava na época com olhos de falcão. Dito tudo isso, vamos ao que interessa, a bendita silhueta e encontro com o bicho.
Descrição: Era alto, maior um pouco que um cavalo, tinha focinho longo e robusto, seus olhos eram grandes e esbugalhados estando situados um em cada lado de sua cara, pequenos braços pendiam do corpo semelhantes aos de um T-Rex (a forma), possuía uma cauda não muito longa e grossa, também semelhantes a que vimos em alguns répteis, suas pernas eram curvas como as de um Sátiro (pra quem não sabe o que é um “Sátiro”, é um ser da mitologia grega, ao qual vimos um no filme “As crônicas de Nárnia”, aquele lá que conversa no inicio com Lucy, lembrou?, se não também é aquele deus Pan da mitologia, que usa uma flauta para encantar suas vitimas e entoar seus belos cantos – eles são metade bode e metade humanos, também conhecidos os Faunos – divindades inferiores que se devotavam a proteção dos animais), ou seja só estou tentando de um forma aqui descrever para que possas imaginar como ele era. Tinha projeções como acúleos (espinhos) dorsais que se estendiam da cabeça até cauda. E o principal e mais assustador era forma que andava: Ereto, bípede, como um ser humano, e não como um eqüídeo, caprino, bovino, suíno ou cervídeo que são quadrúpedes. Ao ver isso, me deixou BEM assustado e nervoso, me tremi todo, passou um frio na espinha e barriga e acordei meu pai para que ele o visse também, mas ele só conseguiu ver o bicho entrando dentro dos matos, e achou que era um grande cavalo, não dando importância. Parte de mim desejava que ele parasse o carro e fossemos averiguar por curiosidade e para mostrar a meu pai o que realmente eu tinha visto, mas outra parte de mim me dizia que o mais sábio e prudente era seguir em frente e pedir que meu pai acelerasse e não parasse mais até chegar em casa. E assim foi, seguimos em frente e naquela noite ao chegar em casa não preguei os olhos a pensar no que tinha visto, tentando imaginar o que seria aquilo, aquela criatura tão bizarra, que parecia uma mistura de um Sátiro, com um T-Rex e um cavalo.
Contei para algumas poucas pessoas que me ridicularizaram alegando insanidade, muita imaginação, ou qualquer outra coisa da minha parte. Por isso nunca mais voltei a falar do assunto com ninguém e guardei comigo, só hoje venho às vezes contando para alguns amigos meus essa historia. Não digo que poderia ter sido minha imaginação, pois, isso não tenho e nunca tive muita imaginação para ver coisas fisicamente onde não existem, e sim, eu tenho amigos que vêem coisas onde não existem, imaginam muitas coisas, já eu, sei bem distinguir quando é fruto da minha imaginação ou não. E mesmo porque meu pai viu que um grande bicho que atravessou a pista e entrou nos matos à se esconder. Então se você quer acreditar ou não, bem é mesmo um problema seu. Que fique com seu ceticismo para si.
Continua...(breve).
Obs: a imagem acima, não condiz muito com o que vi, mas é o mais próximo que achei (basta muda-la de acordo com minha descrição - fazer pequenas alterações). Não consegui a imagem que queria. Havia uma que parecia muito, mas não a encontro.