domingo, setembro 24, 2006

Cagliostro




Castelo ou fortaleza de San Leo (São Leo)

Cagliostro

Você pode está se perguntando quem, ou quê danado é isso. Calma, antes de tudo posso lhe assegurar que foi alguém, e não uma coisa ou qualquer outra coisa. Uma lenda que até hoje inspira muitos escritores de filmes, livros, quadrinhos e muito mais. Talvez você já tenha ouvido falar ou visto esse nome em algum lugar, e talvez não. Se sim, talvez nunca assim soubesse sua origem, assim como eu também não sabia. E se você nunca ouviu sobre ele, bem vindo, apresenta-lo eu assim irei. Assim quando um dia ouvir esse nome, saberá sua origem e de onde saiu. Sempre ele é mais relacionado a um sábio e ou mago, ou apenas um desses, ou simplesmente um ser mítico ou místico. O que posso lhes assegurar é que ele foi real. Existiu. Uma lenda “viva” assim por dizer. Então só “pro modi” de informação e conhecimento, diga-se cultura:

Biografia:

Célebre aventureiro italiano conhecido pelo nome de Conde de Cagliostro, ou conde Alessandro Cagliostro. Seu nome real era Giuseppe Balsamo. Nasceu em Palermo a 02/06/1743 (alguns livros trazem a data de 1745), e morou na Fortaleza de San Leo, perto de Roma, até 1795. Durante toda sua vida e existência, foi repleta por assim dizer de muitas peripécias.

Bem cedo, perdeu o pai, e em razão das dificuldades financeiras de sua mãe, foi mandado para viver com um tio. Após uma malograda tentativa de fuga, foi internado em seminário e, posteriormente, em um monastério beneditino.

Apesar de tudo, foi um bom aluno e aprendeu as coisas básicas a ele ensinadas. Após vários anos, fugiu novamente e se juntou a um bando de vagabundos errantes, que cometiam crimes, incluindo assassinatos. Foi preso várias vezes, por conta de sua associação com esses bandidos.

Aos 17 anos, deixou de lado as antigas companhias e passou a se interessar pela alquimia se associando a um ourives, chamado Marano, que acabara de chegar a Palermo. Marano conhecera muitos alquimistas que se diziam capazes de transmutar metais, mas, após algum tempo, convencido pelo espírito envolvente de Cagliostro, passou a acreditar que o mesmo tinha tal poder. Cagliostro, percebendo que Marano acreditava em si, pediu uma soma considerável de 60 onças de ouro, a fim de realizar uma cerimônia mágica que mostraria para Marano a localização de um grande tesouro, escondido perto da cidade. Com certa hesitação, Marano deu o ouro a Cagliostro e, à meia noite, foi conduzido para um campo, distante da cidade. Neste local Marano foi atacado e roubado por Cagliostro e alguns bandidos, que o mesmo arregimentara. Cagliostro deixou Palermo e começou sua viagem pelo mundo.

Visitou diversos países da Europa, e do Oriente Próximo, fazendo-se passar por médico, alquimista e mago. Ele fugiu da Sicília após cometer vários crimes e viajou pela Europa estudando alquimia e feitiçaria. Cagliostro viajou por todo o mundo, conhecendo o Egito, Grécia, Pérsia, Rodes, Índia e Etiópia, estudando o ocultismo e a alquimia.

Em 1768, Cagliostro retornou à Itália, mas precisamente para Nápoles, onde encontrou os mesmos bandidos que o ajudaram a atacar Marano. Passaram a administrar um cassino que trapaceava os incautos. As autoridades descobriram essas operações e expulsaram á todos da cidade. Cagliostro foi então para Roma, onde se estabeleceu como médico, levando uma vida abastada. Casou-se com Lorenza Feliciani, mas conhecida por Serafina. O casal viveu em Roma por algum tempo até que a Inquisição começou a suspeitar de Cagliostro por heresia. O casal fugiu para a Espanha e, posteriormente, retornaram à Palermo, onde Cagliostro foi preso, após queixa de Marano. Cagliostro foi salvo por um nobre e, depois de ludibriar um alquimista, roubando-lhe 100.000 coroas (por volta de US$ 1milhão), fugiu para a Inglaterra em 1760, alardeando ter descoberto um grande segredo alquímico.

Cagliostro conheceu o Conde de St. Germain em Londres, que o iniciou nos rituais ocultistas do antigo Egito e lhe ensinou a fórmula das poções da juventude e da imortalidade. Após fundar lojas maçônicas, baseadas em rituais egípcios, na Inglaterra, Alemanha, Rússia e França. Cagliostro foi para Paris em 1772, onde passou a vender elixires médicos.

Acumulou fortuna com essa venda de elixires mágicos. Tornou-se popular na corte do rei Luís XVI da França. Luís XVI se interessou por Cagliostro, que passou a entreter a corte real com suas mágicas e contos. Por muitos anos Cagliostro foi um dos favoritos da corte francesa. Ali foi envolvido no célebre escândalo do colar de diamantes de Maria Antonieta (o colar foi vendido por uma fortuna ao cardeal de Rohan para ser presenteado à rainha Maria Antonieta. No fim, o dinheiro e o colar desapareceram.). Foi um dos principais eventos que levaram ao início da Revolução Francesa em 1789. Graças ao seu envolvimento nesse escândalo, Cagliostro foi encarcerado na Bastilha por seis meses, mas foi absolvido da culpa e depois expulso da França.

Em Roma, praticou sua medicina e tentou fundar, após muitos anos, uma lojas maçônicas, nos moldes das outras que já havia originado. Foi preso pela Inquisição em 1791 no Castelo Sant’Angelo, acusado de heresia, bruxaria e prática ilegal da maçonaria. Após 18 meses de deliberações a Inquisição sentenciou Cagliostro à morte, pena que foi trocada, posteriormente, pelo Papa, por uma sentença de prisão perpétua. Cagliostro tentou fugir, mas foi preso novamente e transferido para a solitária no castelo de San Leo (ou São Leo) perto da cidade de Montefeltro e terminou seus dias como prisioneiro, morrendo no cárcere. Faleceu em 26 de agosto de 1795. A notícia de sua morte não foi acreditada por toda a Europa e, somente quando Napoleão fez um relato pessoal do acontecido, Cagliostro foi aceito como morto de fato.

Cagliostro desempenhou importante papel na maçonaria. Entre suas proezas recorda-se a produção de um diamante por métodos alquímicos. E certa vez, durante um banquete, invocou os espíritos de muitos homens célebres já falecidos, incluindo-se Diderot e Voltaire.

Fundou também uma sociedade secreta chamada Loja Egípcia, que ficou famosa por suas sessões de magia.


Em breves palavras esse foi o Conde Cagliostro, mágico, alquimista, mago, conde, sábio, médico, viajante, ocultista, maçom e tantos mais adjetivos. Assim ficou conhecido em toda Europa e depois no mundo.

Uma figura mítica que sem dúvida inspira e já inspirou muitas histórias.

2 Comments:

Blogger Unknown said...

Ja tinha ouvido falar do nome mas não conhecia o fulano. rsss Brunno é cultura! ehehe vlw!

8:41 PM  
Anonymous Anônimo said...

Nunca tinha ouvido falar...

Mas pelo visto o cara era "o satanás de rabo", danado mesmo...

Beijo.

11:00 PM  

Postar um comentário

<< Home

Depósito do Calvin Sedentario e Hiperativo