"Chupa-cabras" - Parte II
Continuando...
Muitos meses depois, já em 1997, estava eu em Recife a estudar, quando começaram os relatos e milhões de casos a estourar em todas as mídias sobre os ataques de uma criatura que resolveram chamar de “Chupa-cabras”. A mídia explorou extensivamente o assunto, pois grande era o número de ataques por todo globo, dessas criaturas, ocorrendo principalmente na América do Sul e Central, tendo casos também na América do Norte e outras regiões do globo. Até ai “tudo bem” pra mim, em nada relacionei com o que tinha visto meses atrás. E fiquei apenas, como bom curioso, bem atento a TODAS as reportagens que saiam sobre o bicho, desde telejornais, programas de auditório, revistas e jornais, tudo eu procurava saber. Pois gosto muito de assuntos misteriosos, e tenho uma mente muita aberta e sou ligadão em assuntos extraterrestres, pois muitos assim alegavam ser uma criatura de outro planeta, um ET, um alien. Até ai também, tuuudo bem, até que certo domingo, sem ter o que fazer e mudando de canal, vi que no programa do Gugu (que muito explorou o assunto) estava falando de mais relatos de vitimas (que tiveram seus bichos mortos) e de pessoas que tinham visto o bicho. Mostrou uns três desenhos (retratos falados) diferentes de como era o bicho, sendo um deles que me chamou a atenção, pois batia fortemente com o bicho que um dia tinha visto na estrada.
Aquilo foi meio que um choque que tomei, outro susto e tive calafrios por todo o corpo. O que tinha visto era sem duvida então, um Chupa-cabras. Novamente corri a relatar para minha irmã que já tinha visto aquele bicho, e ela ceticamente até hoje nunca acreditou. Passei então a falar para meus amigos de colégio, uma vez que era o assunto da moda o “Chupa-cabras”, e eles também riram de mim e claro, não acreditaram.
Depois disso novamente me dei um “cala-na-boca”, raramente e muito posteriormente voltando a contar apenas para poucos amigos, isso muito depois de todo o assunto em volta do Chupa-cabras não mais “existir”. Nunca procurei saber se na região, na época ou depois, de eu ter visto o bicho, se houve relatos de ataques (no Município de Sertânia). Mesmo porque eu não tinha como saber isso, morava em Recife, a mais de 300Km de distancia, não tinha PC e muito menos sabia o que era internet, e não tinha conhecidos na região.
Vou falar mais um relato ao qual me impressionou e marcou sobre a criatura, foram muitos casos e relatos e eu conseguia distinguir bem quando era sério ou quando era só para aparecer ou ter audiência.
Pois bem, em um desses, um senhor de seus 50 e poucos anos de idade, morando na zona rural de Minas Gerais (se não me engano), e sendo bem humilde (diga-se pobre), apresentava em suas feições e mãos (pois gesticulava muito ao falar) que eram sim um trabalhador do campo, e pelo modo de falar, que também nunca havia freqüentado uma escola. Conheço bem tipos assim, pois já andei e ando muito em zonas rurais de meu estado, e nas próprias cidades onde costumo ir, vejo e converso com pessoas assim (as quais tenho profunda admiração, por muitos aspectos). Dito isso, o senhor no meio da entrevista não agüentou e começou a chorar por perder todas as suas e poucas galinhas que tinha. Acho difícil que aquilo fosse uma farsa, por tudo ai em cima que citei, e por duvidar que ele tivesse a capacidade de interpretação que demonstrou (não estou duvidando da capacidade de pessoas assim, que não possam ser bons atores, mas para alguém que nunca foi a uma escola, não sabe ler, e nem TV em casa tem, é difícil acreditar nisso). Por isso creio na veracidade do fato.
Pois vamos a ele, as galinhas como bem sabemos, se um estranho ou predador se aproximar, fazem um escarcéu medonho, ainda mais a noite quando dormem, correto?! Quem nunca viu, é assim, e quem já sabe bem como é, sabe que é chato e estridente o cacarejar de uma galinha assustada ou choca. Fato dois: já passei diversas férias em sítios, um deles da minha tia, que fica no meio da caatinga em Serra Talhada e que gosto muito, e no passado havia muitos cães lá, e muitos animais, as janelas dos quartos eram de madeira e ficavam todas abertas a noite, devido am calor, pois na época não havia perigo algum de assalto ou coisa pior. Ainda assim eu temia que animais como Lobo guará, raposas, gato do mato e outros bichos adentrassem nos quartos e nos pegassem. Mas tinham os cães, que mesmo que presos faziam sempre zoada e principalmente quando um bicho que não era do sitio se aproximava (um animal selvagem), assim latindo muito e constantemente. Ou seja, cães toda noite fazem barulho, e seria estranho um noite que ficassem quietos.
Pois bem, fato 3: as galinhas costumam ficar presas no que costumamos chamar aqui de Garajau (originalmente é apenas o cesto de levar galinhas pra vender), mas chamamos também o local onde aprisionamos as galinhas, um local espaçoso e todo cercado com arame, arame aquele cheio de furinhos, onde mal passa um dedo seu. Tendo em vista tudo isso ai, essa era a situação do sitio do senhor da historia, havia cachorros, uns três, e um garajau de cerca de 5 m2, onde na parte de trás era de concreto e onde ficava o poleiro, para as galinhas dormirem. Durante a noite, o senhor relatou que achou estranho os cães não terem latido, estranhou demais todo aquele silencio incomum, ele e sua esposa.
Ao amanhecer, foi verificar se tudo estava bem e notou que seus cães estavam aparentemente amedrontados, encolhidos uns com os outros. Depois foi verificar o resto dos animais do sitio, e ao chegar no garajau, notou que todas as suas galinhas estavam mortas, e o mais estranho, estavam “intactas”, nada de sua carne foi devorada, havia apenas um furo no pescoço e estavam secas, sem sangue, e todas junto ao arame que cerca a frente do garajau (ainda por dentro dele), sendo que o poleiro é na parte de trás. Então como elas foram parar ali?! Como um bicho ou alguém fez isso, se tudo continuava igual, sem sinais de arrombamento (era trancado com cadeado), e toda a estrutura estava intacta, nem rombos no arame haviam, mas estavam lá as galinhas ao pé do arame, por dentro do garajau, mas naquela situação. O senhor notou pegadas estranhas e incomuns nas proximidades e nem com sua vasta experiência de caçador e conhecedor de animais selvagens, reconheceu de que bicho elas eram. Nunca tinha visto igual, além de encontrar um pequeno tufo de pêlos junto ao um arame solto nas proximidades. E por que as galinhas não se agitaram? Não cacarejaram? Fizeram todo aquele barulho que conhecemos bem, quando estão aperreadas?! E os cães? Por que estavam assustados e nem sequer um latido soltaram a noite toda?! Como as galinhas foram parar ali onde estavam? E por que só o sangue havia sido sugado? Sua carne, por que não foi devorada, se era um predador? . Tantas perguntas do entrevistador e também eram as próprias do senhor que chorava (olha que sertanejo é forte pra caramba, e chorar é uma coisa que dificilmente ce consegue ver de um deles), pela perda inexplicável de sua pequena criação de subsistência. E quem chamou a equipe de reportagem fora um vizinho que assustado com o que viu e sabendo pela TV do que estava acontecendo no país, sobre o “Chupa-cabras”.
O senhor dissera que não sabia que bicho era esse, e que nunca tinha visto ou ouvido falar, e que ataques assim nunca foram vistos por ele e por ninguém que conhecera em toda sua vida. Ele se mostrava um pouco assustado com tudo aquilo. Essa reportagem me comoveu e me assustou e por isso trago aqui até vocês, e se foi um Chupa-cabras?, não sei, mas que foi estranho foi, e batia com outros casos que assolavam o país e o mundo.
Continua...(breve).
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